27 de setembro de 2011

Não bata! Não bata! Ou seria: Não, bata!?

Por que será que gostamos tanto de ver brigas e barracos na televisão? Digo “gostamos” porque me incluo também. Mas não gosto de brigas reais e sim dos bons e velhos barracos das novelas e séries de ficção. O ser humano já tem atração pelo mórbido como característica nata, e a grande sacada dos veículos de TV é justamente explorar da melhor (pior) forma possível esse traço humano: fazendo o povo sair na “porrada”.

15141500614ca5245fdbb223.62633504Um dos programas atuais que se passa por jornalístico e real é o vespertino Casos de Família, do SBT. A falante Cristina Rocha, ex-apresentadora de um, digamos, discutível telejornal, o “Aqui Agora”, finge preocupar-se quando seus convidados partem pra briga. Ela até pede pra que eles se comportem, mas, assim como seu cabelo, não sai um centímetro do lugar. Talvez por estar de olho no aparelhinho do IBOPE.

Quando o assunto é teledramaturgia, os maiores picos de audiência conseguidos pelas novelas são justamente naqueles capítulos em que a mocinha enche o saco de ser tão pamonha e vai acertar as contas com sua rival. Todo mundo se concentra, fazendo de conta que está dando os tabefes e sopapos com as próprias mãos. E depois nos sentimos de alma lavada!

Turma do Chaves Até mesmo nos programas infantis, a porrada está presente e prende a atenção do público de todas as faixas etárias. Um bom exemplo disso é o humorístico Chaves. Se repararmos bem, o seriado não tem elementos que justifiquem sua permanência no ar por mais de duas décadas, mas é claro que todos adoram os tapas levados pelo seu madruga, ou mesmo os cascudos que o mesmo aplica no Chaves. É claro, há uma magia no seriado que não se justifica, talvez oriunda de sua simplicidade.

Bem, nada melhor que terminar esse post com uma ceninha de porrada. Então, fiquemos com a segunda hipótese: Não, bata!!

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