Não foi surpresa pra mim quando soube que o apresentador Fausto Silva disse, em recente entrevista, que só continuava trabalhando porque tinha os filhos pra sustentar. É visível que a apresentação do Domingão virou um infortúnio para ele. Mal educado ele sempre foi, com sua péssima mania de responder às próprias perguntas. Mas agora deixa transparecer seu problema de maneira bem grossa: é cansativo o excesso de reclamações, todos os domingos, com a produção e os diretores do programa. É muito mais nobre pendurar as chuteiras quando se está por cima. Tá chato trabalhar, filho? Fica em casa!
É incrível como o show do Criança Esperança não emplaca, hein? A causa da campanha é nobre, e o montante arrecadado sempre vai aquém das expectativas, mas quando o assunto é o show apresentando no sábado: que saco! Não sei se alguém ainda aguenta ver algo tão robotizado, artificial e premeditado. Todos os anos é a mesma coisa. Por mais que os musicais estejam cada vez mais hollywoodianos, tudo, incluindo a “satisfação de estar ali” do elenco, soa falso.
Se tanta coisa chata continua indo ao ar, não entendo o porquê do “Esquenta”, programa sazonal apresentado pela ótima Regina Casé, não entra definitivamente pra grade de programação da emissora. A idéia, que a princípio me pareceu confusa, em pouco tempo acertou o tom e virou uma agradável opção à chata grade do domingo. Além de espontânea, a apresentadora sabe dosar na medida certa toda aquela diversidade de convidados, tratando de maneira igual, pessoas de classes e esferas distintas. Ah, volta logo, Regina!
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