3 de janeiro de 2009

ABAIXO O INTERNETÊS, EU FALO É PORTUGUÊS!



Não adianta! É só a gente estar na internet pra começar a sentir aquela sensação de “tempo é ouro”. Não falo apenas naqueles casos em que estamos em lan houses ou no trabalho, mas até nos momentos de lazer é assim. Não dá pra ler de novo ou revisar, na maioria dos casos vai mesmo de primeira. No ritmo da internet os acentos são totalmente dispensáveis, e trocar uma letrinha pela outra? Ah, não tem problema nenhum. Mas eu acho que, a longo prazo, tem problema sim!

Mas isso é automático, já me peguei escrevendo errado várias vezes. E olha que sou meio caxias quando se fala em escrever. Até no MSN tento botar tudo direitinho, letra por letra, e as pessoas devem estranhar ou achar chato, quando conversam comigo. Mas não tem jeito, vou continuar escrevendo assim. Outro problema: hoje, usamos tanto o computador que, quando tenho que escrever à mão, já sinto dificuldades pra fazer algumas letras. E sei que a tendência é piorar!

Mas se tem uma coisa que eu não apóio é o ‘internetês’, mas não aquele que pretende simplificar, otimizando o nosso tempo de navegação na rede, mas sim o que, na minha humilde opinião, enfeita demais e comunica de menos. Levando-se em consideração a sensação do “tempo é ouro”, concordo que é super prático e necessário abreviar palavras e expressões:

vc = você
tbm = também
n = não
ksa = casa

Essas expressões acima com certeza são super úteis, porém, não vejo sentido no uso destas:

vuxxxe
naum
goxto
intaum
bunitu

Em que aumentar uma palavra ou colocar uma letra errada ajuda na comunicação? Vamos concordar: em nada! E nesse ritmo, já podemos imaginar onde iremos parar. Num país onde a leitura é pouquíssimo estimulada, o ‘internetês’ pode ter um efeito devastador na nossa língua. Isso refletirá no futuro, numa seleção de emprego, numa prova de redação do vestibular e em tantos outros casos em que a grafia é fiscalizada ao pé da letra. Mas, se você, mesmo assim, acha bonitinho e faz questão de falar o miguxês, até pra não sair do padrão da sua tribo. Não esqueça: ler bastante e estudar é preciso, porque senão, seu futuro será no máximo... “bunitu!”.

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