20 de agosto de 2009

O QUE PENSO (HOJE) SOBRE MICHAEL JACKSON

Acho que fiquei devendo falar um pouco mais sobre Michael Jackson aqui, pois, depois de sua morte apenas reentrevistei o seu cover oficial em Nazaré da Mata, o Siboney Assis. Na semana de sua morte, muitas pessoas ficaram na expectativa, querendo ver o que eu iria postar para homenageá-lo, certas de que eu seria fã nº 1 do cantor. Até entendo: como danço muito bem, obrigado! Sempre fiz imitações dele em algumas ocasiões, mas só pra tirar onda, claro.
 
Na verdade, sempre achei que Michael, descaradamente, fazia a linha "falem mal, mas falem de mim", tentando, através de suas bizarrices e esquisitices, estar sempre sob os holofotes da mídia mundial. Propositadamente ou não,ele conseguiu. Todo mundo sabe que fama e dinheiro mexem com a cabeça das pessoas, seja um reles mortal ou mesmo uma celebridade. Mudanças frequentes na aparência, internações, quedas e fragilidade em shows e clipes, máscaras, enfim, tudo me fazia concluir que Michael queria mesmo era aparecer. Mas um dia, e isso não faz muito tempo, tudo pra mim mudou.
 
A grande sacada do artista, e que prova que ele não era um simples visionário e sim alguém que sabia tranformar pontos negativos em dinheiro, foi a sua mudança de cor. Foi o ponto chave pra transformá-lo de principal artista pop em mito. Afinal de contas, quem mais no mercado musical, além de Michael Jackson, era negro e ficou branco? Foi um estudado passe-de-mágica!
 
Mas foi preciso sua morte pra descobrirmos que Michael, bem como seus irmãos, sempre foi vítima de um canalha: seu próprio pai. Agora entendo sua necessidade de provar que podia ser diferente daquele da época do Jackson Five, que não era só o "negrinho do nariz chato", que seu pai sempre ridicularizou.
 
Não saberia dizer se Michael foi sortudo ou azarado. Ter recebido de Deus tantos talentos, fazendo dele um artista completo, é sorte. Ter nascido com aquele pai e tido que enfrentar tantos problemas ao longo da vida, até mesmo ter sua morte transformada num circo, azar. Mas entre escândalos, dúvidas e certezas, o legado artístico de Michael é mais significativo que qualquer mancha que tenha ficado em seu passado, e fez dele um artista que nunca morrerá.

Um comentário:

  1. UAU! Estou impressionado, Michael Jone! Sabias palavras.

    Renan Jr. (Prof. Bolinha)

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