Tudo bem que novela é uma obra de entretenimento, mas como a rede Globo se diz defensora de causas sociais, acho totalmente incoerente mostrar a cultura hindu de forma unilateral, como vem sendo mostrada em Caminho das Índias. Aquele modelo de vida mostrado na novela das oito, cheio de luxo e ostentação, corresponde a uma parcela minúscula da população daquele país. Sabemos da miséria em que se vive na Índia, e que a vida daquele povo não tem nada de glamour, apesar da riqueza de suas tradições culturais. A novela perde muito em verossimilhança e, na minha opinião, não merece crédito, apesar da história bem escrita. Sem contar no exagero do uso das expressões do dialeto local. Nem sempre o telespectador sabe o seu significado. Que tal colocarem legendas? Ou então, tentem a tecla SAP! =)
Não gosto de comentar assuntos que são óbvios, mas quando se chega ao cúmulo da obviedade, minha língua coça e não consigo ficar calado. A pergunta que não quer calar: por que o programa Zorra Total não sai do ar? Apesar das constantes reformulações e de lançar talentos como Katiúcia Canoro, o humorístico (?) das noites de sábado chega a ser constrangedor, como se os artistas que dele participam estivessem em início de carreira. É aquela história: deve-se saber a hora de sair de cena, e ficar como uma boa lembrança na memória da TV. Assim aconteceu com o TV Pirata, Os Trapalhões, O Normais e tantos outros. Vale a dica!
Ah, e por falar em Trapalhões, dia desses critiquei a Turma do Didi, pelo conjunto da obra. Porém, comprovando que quem foi rei nunca perde a majestade, Renato Aragão melhorou um pouco o tipo de humor que vinha fazendo no programa. Sem se prender muito aos roteiros, criou situações engraçadas típicas dos programas que o lançou ao estrelato. As cenas em que contracenou com Suzana (arrogante) Vieira, e a que maquiou Dedé, nesse último domingo, estavam impagáveis. Mas estou falando do Renato, continuo sem dar um risinho sequer com o resto da sua trupe.
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